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Tecnologia Legal #15

O golpe do falso sequestro, antes amplamente conhecido no Brasil, ganhou novas formas de sofisticação, assemelhando-se a um vírus que se adapta a cada nova vacina. Agora, os golpistas direcionam seus esforços para imigrantes chineses em países como Reino Unido e Austrália.


A tática do golpe consiste em abordar a vítima como representante da embaixada chinesa, Imigração, Alfândega ou polícia chinesa, alegando uma investigação de crime internacional em andamento. Sob a justificativa de verificação, a vítima é pressionada a transferir grandes quantias para uma conta na China.

As autoridades policiais alertam que os golpistas recorrem a ameaças para forçar a cooperação da vítima, muitas vezes sem divulgar a situação a outras pessoas. Os golpistas manipulam as vítimas, levando-as a desempenhar o papel de uma autoridade chinesa e, em seguida, visam outras vítimas.

Num incidente específico, os pais de uma estudante chinesa transferiram US$ 42.300 (R$ 200 mil) para uma conta na China após receberem uma foto que mostrava a filha aparentemente agredida.


Posteriormente, descobriu-se que a estudante havia sido contatada por alguém se passando por um agente de segurança chinês, informando sobre um mandado de prisão e instruindo-a a encenar um sequestro falso para garantir sua libertação mediante o pagamento exigido.


O golpe, visando tornar a situação o mais realista possível, adota em alguns casos uma abordagem em duas etapas. Na primeira etapa, um suposto policial alega uma investigação em nome da vítima, solicitando fotos para suposta conclusão do caso. Na segunda etapa, com as fotos em mãos, os golpistas pressionam os familiares da vítima, alegando que a mesma foi sequestrada e utilizando as fotos como prova.


Embora não haja informações sobre esse tipo de golpe no Brasil até o momento, a prudência é aconselhada diante dessa evolução nas táticas dos golpistas.

***As opiniões e informações apresentadas pelo colunista não referem, necessariamente, o posicionamento do Portal Futuro Livre e são de responsabilidade de seu autor.


Sobre o Colunista:


Adriano Bernardi é um experiente advogado, com especializações em Direito Digital e Direito Empresarial. Ele desempenha um papel significativo como Vice Presidente da Comissão de Direito Digital e Startups da OAB/MS, além de ser um membro ativo na Comissão de Estudos e Acompanhamento da LGPD - OAB/MS. Adriano também é um membro efetivo da prestigiosa Associação Nacional de Advogados em Direito Digital - ANADD. Além disso, ele contribui voluntariamente com a coluna 'Tecnologia Legal' no Portal Futuro Livre.



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