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Foto do escritorLucas Rogerio

Urbanização Escondida 9/12

São Paulo tem uma rotina intensa, e muitas das vezes, difícil de lidar. A cidade que nunca para sofre com um problema presente na vida de muitos. Problema este que é algo benéfico em diversos sentidos, mas para a selva de pedra: a chuva.

Imagem: reprodução/Climatempo

A chuva na capital paulista é tão intensa que, segundo dados do CGE da Prefeitura, o mês de outubro de 2023, é o mais chuvoso desde 1995. Eram esperados 107,8mm de chuva, mas choveu cerca de 250,4mm. A primeira quinzena do mês, inclusive, registrou a maior parte, com 176,4mm, já a segunda foram 74,0mm.


As fortes chuvas surgem, especialmente, no verão. Os piscinões auxiliam para que enchentes sejam evitadas, o que não é visto totalmente. Os piscinões são, na realidade, reservatórios de detenção, e possuem a função de acumular vazões que excedem a capacidade de escoamentos de rios e córregos. Eles são instalados em locais críticos, de acordo com estudos hidrológicos.
Imagem: reprodução/Aquafluxos

São dezenas de piscinões espalhados pela capital, mesmo assim, o caos quando chove é instaurado. Alagamentos geralmente ocorrem por conta do tipo de piso, lixo nos bueiros, erros de projeto, ou seja, drenagem insuficiente, além da ocupação irregular do solo. Cabe lembrar que a cidade de São Paulo é conhecida por sua quantidade exorbitante de prédios. São, pelo menos, 28 mil prédios com mais de 20 metros de altura.

Imagem: reprodução/São Paulo Antiga

O centro da cidade, em 1929, viu a maior enchente da história da capital ocorrer. A data foi marcante a ponto de ter uma placa de bronze indicando a altura que chegou a água do Rio Tietê. A placa foi instalada na Rua Porto Seguro, bairro da Luz.

São Paulo, no entanto, não é mais a terra da garoa. Um trabalho de pesquisa da FAPESP revela que a poluição é a culpada por não garoar como antigamente. O apelido veio porque a cidade se caracterizava especialmente pelo clima tropical de altitude, e nas transições das estações (principalmente verão e inverno), garoava na cidade. As partículas de sujeira que estão no ar, no entanto, impedem que as gotículas cheguem ao solo da cidade.

Imagem: reprodução/Quora

De acordo com os dados da IQAir, a capital paulista é a 1476ª colocada no ranking mundial, que tem nas primeiras posições cidades da China e da Índia. A qualidade do ar paulistano é considerada "moderada". No Brasil, São Paulo ficou em 14º lugar na média de poluição de 2020.


Um estudo realizado pela OMS revela que a capital paulista é a cidade brasileira que é a pior para se respirar no país. De acordo com as informações, A OMS mostra quantas partículas são encontradas em metro cúbico de ar, sendo que o limite máximo tolerado é de 10 microgramas de partículas por metro cúbico de ar. São Paulo, no entanto, tem 28,1 microgramas.





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