Com um tweet fixado, Ciro Gomes, um dos principais nomes da disputa presidencial do ano que vem (até então), disse a vida traz alguns momentos de surpresas fortemente negativas e acaba colocando em questão graves desafios.
"É o que sinto, neste momento, ao deparar-me com a decisão de parte substantiva da bancada do PDT de apoiar a famigerada PEC dos Precatórios.", disse Ciro.
Ainda no Twitter, ele disse que só lhe resta um caminho, e o caminho é a suspensão de sua pré-candidatura até a bancada do PDT reavaliar sua posição.
"Temos um instrumento definitivo nas mãos, que é a votação em segundo turno, para reverter a decisão e voltarmos ao rumo certo."
Imagem: Twitter/Ciro Gomes
Ciro segue dizendo que a justiça social e defesa dos mais pobres não podem ser confundidas com corrupção, clientelismo grosseiro, erros administrativos graves, desvios de verbas, calotes, quebra de contratos e abalos ao arcabouço constitucional.
"Não podemos compactuar com a farsa e os erros bolsonaristas.", afirma ele.
O Governo Federal pode ter mais R$ 44,6 bilhões, caso a PEC passe no segundo turno. Tarde da noite, já madrugada de quinta-feira, 04, por 312 votos (sendo necessários 308), contra 144, a Câmara dos Deputados aprovou o texto-base em primeiro turno.
Essa PEC abre espaço para o pagamento de R$ 400 no benefício do Auxílio Brasil, programa social que substitui o Bolsa Família.
Especialistas dizem que foi a bancada do PDT, de Ciro Gomes, que definiu a vitória de Jair Bolsonaro neste quesito.
Arthur Lira (PP), que preside a Câmara dos Deputados, teria sido, pelas informações, um dos responsáveis pela 'pressão' aos parlamentares do PDT, e assim, aprovar a Proposta de Emenda à Constituição.