Fora do Corinthians desde maio, o ex-diretor de futebol Rubens Gomes, conhecido como Rubão, trouxe à tona na última quinta-feira uma grave acusação: "o crime organizado está se instalando no Corinthians". As declarações de Rubão não foram isoladas. Investigações relacionadas ao Caso VaideBet, conduzidas por autoridades competentes, apontam que a maior facção criminosa de São Paulo, o PCC (Primeiro Comando da Capital), pode já estar operando dentro do Parque São Jorge.
Fontes próximas à investigação destacam "movimentos suspeitos" envolvendo figuras próximas ao presidente do clube, Augusto Melo. Três parceiros do dirigente estão na mira da Polícia e do Ministério Público por suas ligações com o crime organizado. Um desses indivíduos ganhou notoriedade recentemente devido a aportes financeiros substanciais na administração de Augusto. Outro parceiro, atuando como braço-direito do presidente, é responsável por diversas tarefas dentro do clube, enquanto o terceiro é um antigo alvo da polícia, com um histórico de suspeitas em outro clube de futebol paulista e uma possível conexão com atividades ilícitas. Este último, segundo a fonte, tem desempenhado um papel crucial nas decisões relacionadas ao futebol profissional e às categorias de base do Corinthians. As informações são do R7.
Após prestar depoimento como testemunha no Caso VaideBet, Rubão expressou sua preocupação com a situação do clube: "Minha grande preocupação é o crime organizado se instalando no Corinthians. O Corinthians é um clube familiar e precisamos tomar cuidado com isso. A instituição está acima de tudo, acima de qualquer vaidade. E se o Conselho (Deliberativo) não tirar o Augusto, a Justiça tira".
A gravidade das acusações é refletida na agenda do Conselho Deliberativo do Corinthians, que se reunirá nesta segunda-feira para discutir um pedido de impeachment contra Augusto Melo. A reunião foi solicitada por membros do conselho, indignados com a promessa de pagamento de R$ 25,2 milhões em comissão a Alex Cassundé pela intermediação do contrato de patrocínio máster com a VaideBet. Em depoimento recente, Cassundé admitiu à polícia que não teve qualquer participação no acordo e que não solicitou o pagamento de qualquer valor.