A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) deu início a uma histórica manobra militar, denominada "Steadfast Defender 24", nesta quarta-feira, 24. Marcada pelo simbolismo da partida de um navio militar do estado da Virgínia, nos Estados Unidos, a operação envolverá cerca de 90 mil soldados da aliança de defesa e se estenderá até maio, promovendo exercícios simulados em uma escala sem precedentes.
O objetivo primordial da manobra é simular a resposta coordenada da aliança, composta por 31 nações, a uma potencial ameaça de um adversário, destacando-se o contexto desafiador de uma possível incursão russa. Os exercícios serão realizados desde a América do Norte até o flanco oriental da Otan, próximo à fronteira russa, abrangendo uma série de cenários realistas e desafiadores.
Os recursos empregados na "Steadfast Defender 24" são impressionantes, refletindo a magnitude do evento. A frota contará com aproximadamente 50 navios de guerra, apoiados por 80 aeronaves e mais de 1.100 veículos de combate, demonstrando a diversidade e a capacidade operacional da Otan em situações de crise.
O general Christopher Cavoli, líder do Comando da Otan para a Europa, destacou a abrangência internacional da manobra, incluindo a participação da Suécia, que busca integrar-se à organização. "Será uma demonstração clara da nossa unidade, da nossa força e da nossa determinação de protegermos uns aos outros", afirmou o militar, enfatizando a importância da cooperação entre os países membros.
Este evento representa a maior manobra militar da Otan em décadas, marcando um contraste significativo com o último exercício de grandes proporções, o "Reforger", ocorrido em 1988 durante os últimos dias da Guerra Fria e da existência da União Soviética.