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Foto do escritorLucas Rogerio

O Regionalismo Sonoro 8/10

Nas intensas riquezas do nordeste, existem grandes artistas. No oitavo episódio da nossa série, vamos conversar com Jord Guedes. Se ser artista no Brasil não é fácil, imagine só ser artista da região nordeste do país.

Imagem: divulgação


Leia a entrevista com Jord na íntegra:


Você é cantora e compositora. Qual a importância de ser uma artista nordestina?


A importância de ser uma artista do nordeste deveria ser a mesma de ser uma artista de qualquer região, mas sabemos bem que a realidade não é essa, e que a grande concentração de recursos e investimentos na arte está no sudeste, apesar de muitas mudanças ao longo do tempo, e de uma certa descentralização. Já do ponto de vista das influências culturais, fazer arte/música no nordeste e influenciada pelo nordeste é de uma riqueza imensa. São muito elementos da cultura popular que acabam se entrelaçando ao meu fazer musical, ritmos como o baião, o maracatu, o próprio reggae, personalidades como Marinês, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro são ícones da nossa música que atravessam nosso fazer artístico.


Tem algum trabalho seu que você gostaria de destacar? Seja pela importância em sua história ou algo assim.


Pegando o gancho da primeira pergunta, tem vários trabalhos meus que eu gostaria de destacar, mas escolhi as músicas "Combustível do Sertão" e "Maracanto", pois ambas trazem esses elementos que citei. A primiera é uma baião que vira coco/embolada e fala de uma viagem entre o litoral cearense e a região do Cariri. A segunda é um maracatu, que cita os maracatus cearenses, e canções que tambem são maracatus, como por exemplo, a Música Pavão Mysteriozo, de Ednardo.


Do nordeste, vamos para São Paulo, numa conversa Kike, que representa a Banda CrazyLand, um grupo que mistura diversos ritmos, assim como esta série.

CrazyLand tem uma importância já registrada quando o assunto é representatividade, algo tão relacionado ao mundo artístico. Sobre essa representatividade, Kike explica:


"A canção "Transformar" é uma música muito importante. E sua mensagem é a de transformar tristeza em alegria, raiva em calma é que com isso ocorra uma transformação dentro de todos nós.", Kike diz que na primeira vez que a CrazyLand tocou a música (no Espaço dos Parlapatões, SP), uma trans se identificou com o som e começou a dançar e alegria dela transformou o ambiente.


"Essa é uma música que carrega essa bandeira também. As pessoas devem e precisam se transformar no que elas querem e serem felizes."

Sobre o estilo musical, CrazyLand mistura tanto ritmos brasileiros como internacionais. Kike dz que não tem coisa melhor que a mistura. "Desse caldo nasce o som da CrazyLand com toda certeza."

Imagem: divulgação


"Gostamos de revisitar grandes sucessos que vai desde Alceu Valença até Rolling Stones."

O grupo, inclusive, tem como próximo grande projeto o primeiro álbum de estúdio, que curiosamente se chama 'Brasil', afinal de contas, não tem lugar com tantas conexões culturais, uma mais diferente que a outra.


Kike também diz que em maio, a banda está preparando uma grande festa/show no RedStar Studios, será no dia 06.


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