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Foto do escritorLucas Rogerio

O Regionalismo Sonoro 2/10

A música brasileira não é só o samba, apesar do estilo ser referência no país. O Brasil é riquíssimo em história musical, como explica o jornalista e músico César Antonio Martín:


"O Brasil também já teve a atenção do mundo inteiro, especialmente graças à obra erudita de Carlos Gomes, de Villa Lobos, e a partir dos anos 50s, onde a bossa-nova foi uma influência internacional para centenas de músicos dos mais variados gêneros (até o Frank Sinatra). Inclusive, muitas músicas de pagode para boate (É O Tchan, principalmente) formam mega-sucessos nos demais países da América do Sul, com suas coreografias de moda inclusas."

Neste universo brasileiro da música, encontramos Lia Maia, que é de Fortaleza, no Ceará.


Lia lançou, em 2022, o single 'Tá Esperando O Quê', que para ela significou uma porta para outras composições. Ela cita que o professor Ismael, autor da canção, acreditou no trabalho dela, então isso gerou para a mesma confiança.

Imagem: divulgação


Muito se fala sobre a fórmula do sucesso. Lia não acredita que tenha uma fórmula, mas diz que com dedicação, perseverança e fé, o objetivo pode ser alcançado. Lia diz que não tem medo da fama, mas sim um cuidado. Ela, inclusive, diz ter outras composições para gravar e um novo projeto 'Som das Praias'.


O especialista em música César Martín explica sobre o sucesso:


"Nas épocas atuais - e infelizmente - o sucesso é um termo baseado principalmente em dados quantitativos: número de escutas, audiências alcançadas, quantidade de acessos, faixas ou discos vendidos, e outros indicadores que se correlacionam com as "métricas" do marketing digital. Realmente vivemos épocas do predomínio da quantidade por sobre a qualidade, inclusive na produção musical. Na minha visão, de jornalista, educador na área da música e pesquisador/apreciador cultural, o sucesso na música é a possibilidade de criar sensações e sentimentos que brindem bons momentos aos outros, com a possibilidade de que essa música (canção ou peça instrumental) se projete ou perpetue através das próximas gerações."

César cita o exemplo de Mozart: "trabalhou há quase 300 anos atrás e as suas composições principais foram os primeiros toques de celulares; até o desenho infantil "Bob Zoom" as utiliza. Vejamos Raúl Seixas, Cazuza ou Renato Russo: produtores de letras profundas e melodias atraentes, suas canções nunca faltam nas noites de barzinhos e são cantadas por jovens que nasceram após o falecimento desses três gigantes."

Imagem: divulgação


César conclui:


"Então, para mim, o "sucesso" de uma música se vê na sua qualidade estética (que oferece sensações únicas, além do simples entretenimento), mas não por isso precisa ser complexa. Há beleza e estética na simplicidade também: o Geraldo Vandré é um claro exemplo. Além da qualidade estética, considero que um artista e uma música têm realmente sucesso se transcenderem suas épocas e localizações geográficas, atingindo públicos distantes e de diferentes faixas etárias, como o fizeram Luiz Gonzaga, Tom Jobim, Chico Buarque, dentre outros. Isso sinigficará que a música é irremediavelmente boa, porque não tem data de validade nem restrições de públicos específicos."

Lia Maia, que já teve inclusive carreira no mundo gospel (e sofreu um certo preconceito por isso), diz qual é a mensagem que quer deixar registrada no mundo:


"É necessário sempre acreditar que tudo é possível, ter fé em Deus, sempre buscar pensamentos positivos apesar das horas turbulentas, você atrai o que você pensa. Agradeça pelo que tem no momento e pelo que já teve. Pelas amizades, amores, conquistas, sonhos realizados, pelos bens materiais, pela sua família e por tudo que te faz sorrir e seja você sempre."
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