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O perfil presidencial analisado friamente

Um homem, com idade entre 35 e 45 anos, evangélico, de humanas, com entendimento em direito, que foque em educação, seja novo na política, com leve conhecimento em economia preferencialmente, politicamente de direita e que seja do sul ou sudeste brasileiro.


A descrição acima é o resultado de uma rápida pesquisa com internautas, leitores assíduos ou não do Portal Futuro Livre e demais participantes. A pergunta feita: qual o perfil do próximo Presidente do Brasil?


Vamos expor os resultados e analisar o que, realmente, eles querem dizer sobre o desejo deste grupo de entrevistados.


De acordo com a pesquisa, 75% dos entrevistados preferem um homem do que uma mulher. Uma das pessoas entrevistadas disse que a preferência por alguém do sexo masculino é para passar uma imagem ao mundo de um país forte; com uma mulher, o país talvez (e infelizmente) não passaria esta imagem.


53,3% dos entrevistados querem um Chefe do Executivo entre 35 e 45 anos, ou seja, jovem. Cabe lembrar que 35 anos é a idade mínima para o cargo. 26,6% escolheram entre 46 e 60; acima de 60 foi a escolha de 20,1%.


Em relação a religião, 7,15% optaram por um Presidente católico, enquanto 35,71% disseram qualquer outra/não importa; a surpresa vem com o resultado de 57,14% dos entrevistados, que optaram por um Presidente evangélico. O Brasil, cabe lembrar, é um país que está vendo o número de evangélicos aumentarem a cada ano.


Humanas ou exatas? 53,3% querem alguém de humanas, enquanto 46,7% escolheram a outra opção.


Imagem: Pixabay


Em relação ao foco do próximo Presidente, cravados 40% disseram educação, seguido de saúde com 26,7%.

20% escolheu segurança, já 13,3% economia.


Se somar esquerda, centro e não importa esta questão ideológica, dá 64,29%. Cada uma destas opções ficaram com 21,43%; a resposta 'Presidente de direita' teve 35,71%.


Para 21,4% dos entrevistados, não importa se o próximo Presidente do Brasil for alguém novo ou experiente na política; 35,8% preferem alguém experiente politicamente falando, mas 42,8% querem um nome novo.


Em relação a região brasileira do próximo Presidente, o centro-oeste teve 14,3%; norte ou nordeste 28,6%, já sul ou sudeste obteram na pesquisa 57,1%.


O próximo Presidente precisa saber, ao menos um pouco, de economia para 42,8%; direito fica com 25,5%; administração e recursos humanos fica com 21,4%; marketing e publicidade tem 10,3% da resposta dos entrevistados.

Analisando a resposta, é possível entender que a ideia é alguém que não esteja conectado (direta ou indiretamente) aos polêmicos escândalos de corrupção da esquerda; radicalismos também não são tão bem-vindos, já que o perfil mostra alguém com conhecimento em direito, economia e foque em educação.


A surpresa no ponto econômico se dá, ao analisar, que o povo entende a situação atual (pandemia no fim), e as coisas lentamente voltando a sua normalidade.


A ideia de um homem da região sul ou sudeste pode representar machismo, mas também pode representar outros pontos:


1. O sul ou sudeste são regiões ricas, com 'menos problemas', teoricamente;


2. Conforme uma das pessoas entrevistadas, um homem no Poder Executivo pode levar a mensagem ao mundo de fortaleza, cabe lembrar que o mundo registra altos índices de machismo, então homens negociando com outros países seria o melhor, não desmerecendo as mulheres (que sofrem diariamente a realidade de verem grandes responsabilidades serem atribuídas aos homens;


3. Machismo ou não, entre muitos homens na disputa, só há um nome feminino (até o momento citado no embate eleitoral, de maneira forte) que é Simone Tebet, curiosamente do centro-oeste brasileiro.


4. São Paulo, por exemplo, tem um sinônimo, é a terra das oportunidades. Isso significa que alguém do sudeste, no caso, teve mais oportunidades na vida que alguém do nordeste brasileiro. Num contraponto, é a desigualdade social escolhendo o próximo Presidente.


A ideia do perfil traz um homem de família, já que a religião mais citada é a evangélica, entretanto, mesmo com recentes polêmicas evangélicas no Ministério da Educação, e também as graves situações de abuso sexual na Igreja Católica, o número de pessoas que não se importam pela religião neste ponto é alto.


Provocando, portanto, partindo do pressuposto que religião não importa, a ideia de homem de família pode ser um segundo plano, e o que menos interessa ao eleitorado.

O lado social da pessoa de direita significa uma rejeição ao fato da esquerda estar 'abalada' ainda com corrupção, além de outras polêmicas. Há rejeição ao nome de Lula, assim como há forte apelo popular por ele. É possível entender que a rejeição a Jair Bolsonaro não é uma rejeição a direita.


O atual Presidente é católico, não é evangélico por exemplo, mas é ligado ao campo da direita, que tem forte apreço popular nas Eleições Gerais.


Os atuais nomes, em geral, não são novos na política, e os que são (e irão se aventurar numa polarizada disputa presidencial) não preenchem os requisitos, não todos.


Aos entrevistados, pelo resultado, fica a expectativa por um nome ideal que seja parecido com o perfil:


Homem, 40 anos, de família, gosta de sociologia, saiba direito, nível básico em economia, novo na política, que lute pela educação do Brasil, simpatizante da direita e que seja paulista.

Dificilmente, pelo andar da carruagem, se encontrará alguém neste perfil, aparentemente técnico, que esteja disposto a passar por cima dos interesses políticos e disposto a encarar um Brasil dividido.

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