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Lula afirma que mulheres sem profissão correm risco de serem agredidas pelo maridos

Em um discurso polêmico nesta sexta-feira (2), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que mulheres sem profissão correm risco de serem agredidas pelos maridos "se não tomarem cuidado". A declaração foi feita durante o anúncio da expansão do Pé-de-Meia, uma poupança voltada para o ensino médio.

Imagem: Internet

"Uma mulher sem profissão vai ficar a vida inteira dependente dos outros. Uma mulher que não tem profissão vai casar e, se não tomar cuidado, o marido vai agredi-la e ela vai ficar com esse marido porque precisa dar comida para os filhos. Ninguém pode viver com alguém que pratica violência contra mulher, por isso que é importante uma profissão", afirmou o Presidente.


A fala gerou controvérsia, pois sugere que a falta de profissão por parte das mulheres seria um fator determinante para a violência doméstica, o que pode ser interpretado como uma generalização imprópria e insensível.


Além disso, Lula destacou que mulheres bem formadas demandam respeito dentro de suas relações: "Uma mulher que é bem formada, se chegar em casa e o marido for daqueles ranzinzas que só sabem reclamar e começar a xingar, vocês falem para ele ‘olha, meu filho, é o seguinte, eu não sou sua empregada, não sou sua filha, sou sua mulher. Se você não me tratar com respeito, eu vou embora”, completou Lula.


As declarações vêm no contexto de uma nova lei sancionada pelo presidente na quinta-feira (1º), que reforça ações de proteção à mulher. A lei cria o projeto Banco Vermelho, que inclui a instalação de bancos vermelhos em espaços públicos com frases de conscientização sobre a violência doméstica e contatos de emergência, como o número 180 – Central de Atendimento à Mulher. Além disso, a lei prevê ações no âmbito do Agosto Lilás, mês dedicado à conscientização para o fim da violência doméstica.


As reações à fala de Lula foram diversas. Enquanto alguns apoiaram a ênfase na importância da independência financeira para as mulheres, outros criticaram a forma como a mensagem foi transmitida, sugerindo que ela poderia reforçar estigmas e não abordar adequadamente a complexidade do problema da violência doméstica.

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