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Longevidade 50+ #1

“Envelhecer é fato, não dá pra fugir”, já diria a música de Zélia Duncan.


Tenho 52 anos e sou jornalista há 34 anos. Sempre trabalhei em televisão, na área de produção. Mas no final do ano passado, resolvi mudar minha vida. Senti a necessidade de novos conhecimentos, de novos desafios, de novas experiencias e de mais qualidade de vida. E aí, tomei coragem para redescobrir e reorganizar o rumo. Muitos me perguntam, mas qual é o caminho, o que você vai fazer? Ainda estou tentando descobrir e continuo trabalhando com comunicação, que na minha opinião é um ativo importantíssimo.


Mas durante esse primeiro ano de reflexão, de buscas por novos desafios, eu aprendi, eu refleti, eu cresci e um dos temas que mais me chamaram a atenção é o envelhecimento da população. Um assunto que muitas pessoas e muitas entidades governamentais ainda não se deram conta.


Tem o lado bom e tem o lado mais difícil do tema. E é hora de olhar para esse assunto de frente.

Segundo os últimos números divulgados pelo IBGE recentemente o Brasil está envelhecendo, as pessoas com 65 anos ou mais já representam 10, 9% da população do país, ou seja, dos 203 milhões de brasileiros, 22,2 milhões estão nessa faixa etária.


O Censo 2022 mostrou que esse número (pessoas com 65 anos ou mais) cresceu 57,4% em 12 anos. Uma retrospectiva mais longa, para dar melhor dimensão sobre o envelhecimento da população, mostra que em 1980 os idosos com mais de 65 anos representavam 4% da população total, ou seja, essa mudança dos números é gritante e tem que ser observada com cuidado e muita seriedade.


Só para se ter uma ideia, em termos absolutos, a quantidade de população com mais de 65 anos superou o número total de habitantes do Estado de Minas Gerais, que tem 20,5 milhões de habitantes e é o segundo estado mais populoso do país.

Dito isto, eu questiono:


- Temos e teremos políticas públicas para auxiliar nos cuidados a essas pessoas no decorrer dos anos?


- A previdência social está preparada para arcar com essa demanda, que tende a aumentar?


- Como aproveitar a mão de obra qualificada que muitas dessas pessoas ainda oferecem, mas são discriminadas no mercado de trabalho? É o chamado etarismo.


- O que de fato fazer em relação à manutenção da saúde com qualidade para essas pessoas?


- Como preparar o país para cuidar dos casos de senilidade?


- E o mais importante, como respeitar essas pessoas, suas histórias, seus momentos, suas lembranças, suas dores?


Quando um amigo jornalista me convidou para escrever uma coluna no seu portal de notícias, ele me deixou a vontade para escolher um tema.


Escrevo hoje minha primeira coluna sobre “Longevidade”, que é um assunto importante que quero encarar não como a velhice, mas sim como a oportunidade que temos para poder refletir e nos prepararmos de uma forma melhor para vivermos muito e cada vez mais.


***As opiniões e informações apresentadas pelo colunista não referem, necessariamente, o posicionamento do Portal Futuro Livre e são de responsabilidade de seu autor.


Sobre o colunista:


Elaine Camilo é jornalista com 34 anos de experiência. Trabalhou por 27 anos na TV Globo como produtora executiva e coordenadora de reportagens em todos os telejornais. Por 14 anos produziu reportagens para o Fantástico. Tem habilidade em comunicação, visão e coordenação de equipes, produção de conteúdo audiovisual, vídeos institucionais para empresas, podcast, consultoria e media-training. Curiosa por natureza, tem se aprofundado nas questões sobre longevidade e etarismo.


Instagram: @elaine_camilo

LinkedIn: elainecamilo

Facebook: elaine.camilo




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