Produtora de conteúdo inova com conteúdos informativos que cativam jovens na faixa de 10 e 20 anos
As redes sociais é um território digital que atrai público de diversas idades e seguimentos. Pesquisa recente mostra que no Brasil, conforme veiculado na Forbes Brasil, de acordo com o levantamento da Comscore (parceira confiável para planejar, transacionar e avaliar mídia em todas as plataformas) é o terceiro país que mais consome redes sociais em todo o mundo.
O estudo mostra que esses canais são a preferência dos brasileiros frente a outras categorias online, elevando o país à terceira posição entre as nações que mais consomem redes sociais em todo o mundo – atrás de Índia e Indonésia, e à frente de Estados Unidos, México e Argentina, ou seja, mostra que o país é o primeiro da América Latina em acesso às plataformas, o equivalente a 131,5 milhões de pessoas.
Além disso, ainda de acordo com a Comscore, YouTube, Facebook e Instagram são as redes mais acessadas pelos usuários brasileiros, com alcance de 96,4%, 85,1% e 81,4%, respectivamente.
E, dentro desse universo digital, uma grande fatia do público que utiliza as redes, é voltado para adolescentes. De acordo com a pesquisa TIC Kids Online Brasil, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, mostra que 95% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos de todo o país têm acesso a internet –o que corresponde a mais de 25,1 milhões de pessoas nessa faixa etária. A taxa subiu 3 pontos percentuais em 2022 em relação a 2021, de acordo com o Poder 360.
E com toda a potência, fenômeno nas redes sociais, com mais de 20 milhões de seguidores em TikTok, Instagram e YouTube, uma jovem baiana tem conquistado um feito que é desejado por pais, mães, médicos e profissionais da educação: fazer os jovens se interessarem por temas como saúde e família. Dudda Maryah, 21, começou a produzir conteúdo na internet com seus roteiros criativos e ganhou uma legião de fãs em poucos meses.
Menstruação, doenças comuns na adolescência, cuidados com a saúde no geral e valores familiares permeiam os vídeos cômicos que são como mininovelas, sempre com atuações da própria Dudda, a qual faz as diversas personagens. Em meio a esta criatividade, surge a esperança de que as jovens brasileiras possam passar a manter os cuidados com a saúde, já que duas em cada três adolescentes nunca foram ao ginecologista no país. Os dados são da ONG Pan International Brasil, que fez a pesquisa com jovens entre 14 e 19 anos.
Além disto, 30% dos casos de violência em solo verde e amarelo ocorrem com garotas entre 15 e 19 anos. O número é duas vezes maior do que a ocorrência entre as de 20 a 29 anos em todas as regiões. "Com conteúdo sobre saúde feminina e com o cuidado mais atento, essas meninas podem passar a pedir socorro médico e podem entender melhor o que está acontecendo, assim ampliando as chances de proteção. É muito importante que tenham acesso a algo que traga esses alertas sobre corpo, amor-próprio e, principalmente, saúde como um todo", explica a Dra. Anna Paola Noya Gatto, mastologista.
Nos comentários dos vídeos de Dudda, é comum observar que as jovens buscam por um local no qual possam desabafar, trocar informações e se aceitar. “Morria de vergonha do meu pai na hora de fazer as compras do mês, tinha que pedir para a minha mãe (para comprar absorvente). Depois fui me acostumando...”, comentou uma seguidora, que recebeu suporte de outras para normalizar a sua situação.
“Elas tiram dúvidas e conversam comigo. Estou sempre em contato com profissionais para que as respostas sejam corretas. Sempre indico também a ida ao médico, acima de tudo”, explica Dudda, que planeja lançar novos vídeos com médicas, respondendo às perguntas que recebe sobre saúde feminina. “O que torna os vídeos dela distintos é a abordagem cômica, como se cada um fosse um curta-metragem, onde a influencer atua, roteiriza e cria todo o próprio conteúdo, sabendo conversar com os jovens”, concretiza Eduardo Martin, seguidor.
Temas variados sobre o universo adolescente fidelizam o público da influenciadora, e Dudda explica que não tinha noção do tamanho do próprio trabalho até começar a ser parada nas ruas com o público pedindo fotos. Agora, quer utilizar cada vez dessa grandiosidade para elevar a consciência dos adolescentes sobre temáticas que são pouco comentadas por outros jovens na internet. “É uma sensação muito gostosa e, com certeza, a melhor parte do meu trabalho. Saber que as minhas ideias malucas, que eu sempre guardei para mim e para minha família, agora levam informações para milhões de pessoas, que realmente se interessam e gostam. É gratificante demais”, conclui.
Além dos vídeos educativos, Maryah também aborda questões como bullying, estudos e outros temas, os quais geram identificação com o público e deixam alertas sobre ética e crescimento. “As temáticas variadas fazem com que os adolescentes estejam sempre curiosos, esperando pelo próximo vídeo e sabendo que vão poder rir, aprender e se identificar. O maior diferencial de Dudda é saber falar de temas sérios de uma forma leve e atrativa para eles”, afirma Clara Brandão, 29, psicóloga.