Entre amanhã, 7, e domingo, 10, a CSP-Conlutas vai realizar o 5º Congresso Nacional, em São Paulo. Esta é a única central sindical a fazer oposição ao Governo Lula.
De acordo com a central, a pauta principal será a organização de um plano de mobilizações (no plural) e o fortalecimento da oposição de esquerda ao Governo Lula-Alckmin.
Cerca de 1.500 pessoas, entre trabalhadores de diversas categorias de todo o país (metalúrgicos, químicos, servidores públicos, bancários, operários da construção civil), além de integrantes de movimentos sociais, juventude e povos originários, irão se reunir para traçar planos contra o arcabouço fiscal, a reforma tributária e, também, o marco temporal.
A CSP-Conlutas e seus sindicatos e movimentos filiados também defendem a revogação integral das reformas trabalhista e da Previdência, que levaram, de acordo com eles, a severos danos aos direitos da classe trabalhadora.
“Da mesma forma que fizemos oposição ao governo Bolsonaro e enfrentamos a ultradireita, a CSP-Conlutas se mantém independente para criticar e fazer cobranças ao governo Lula. Esse perfil permite a continuidade da luta em defesa das pautas emergenciais e históricas da classe trabalhadora brasileira. O governo Lula/Alckmin já apresenta políticas neoliberais e contrárias aos trabalhadores, como o novo arcabouço fiscal, e isso tem de ser combatido”, explica o dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas Atnágoras Lopes.
O 5º Congresso também vai receber uma delegação estrangeira com 40 lideranças. São ativistas que estiveram à frente de piquetes de greves na Grã-Bretanha, França, Itália e Espanha. Haverá ainda pessoas vindas da África, além da Palestina, Polônia, Catalunha, Chile, Equador, Costa Rica e Argentina.
A delegação internacional ainda inclui, destacadamente, uma enfermeira e um dirigente operário que atuam na resistência ucraniana contra a guerra opressora imposta por Putin e as tropas russas.