Você já deve ter visto o documentário da Netflix chamado O Golpista do Tinder, que conta história de Simon Leviev, que enganou milhares de vitimas, a técnica utilizada era sempre a mesma, enganar a vítima como promessas amorosas ou de amizade, a partir disso solicitava dinheiro e que fizessem cartões de crédito, o que causou prejuízos inestimáveis as mesmas. Além desse documentário, existem inúmeras séries e filmes com o mesmo tema.
Como acontece?
O golpista, procura vitimas como estado emocional frágil, através das redes sociais, principalmente as redes direcionadas a relacionamentos, como o Tinder.
Imagem: reprodução/internet
Uma vez iniciado o contato coma vítima, o golpista apresenta uma vida que não condiz com a realidade, demonstra a mesma que pode ser considerado uma pessoa confiável, fazendo ela acreditar que o golpista é uma pessoa confiável e amorosa.
Logo em seguida, ele traz a vítima para seu convívio, conversando diariamente, entrando em assuntos íntimos, criando laços afetivos.
Em seguida, começa pedir transferências financeiras, primeiramente em valores pequenos, aumentando aos poucos, até o momento em que a vítima decide parar com as transferências. Nesse momento o golpista encerra o contato com a vítima, e parte para outra.
É crime?
Alguns tribunais consideram essa prática criminosa, se enquadrando no crime de estelionato, previsto no art. 171 do Código Penal, que ocorre quando uma pessoa procura obter vantagem de outra pessoa, de maneira ilegal, ou seja, enganando a pessoa.
Por conta disso, em 04 de agosto desse ano foi aprovado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que altera o Código Penal, criando o crime de Estelionato Sentimental.
Porém alguns juristas consideram que não há crime nestes casos, uma vez que a culpa é concorrente, e pelo fato de que amor e carinho não se exige, não há como se falar em crime.
No fim das contas, a melhor alternativa para esses casos é procurar um advogado especialista.
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