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Falando de Saúde Mental #2

Foto do escritor: Simony CorreiaSimony Correia

Como anda a saúde mental das mulheres brasileiras?


As mulheres lidam com uma gama de obstáculos que impactam negativamente sua saúde mental. A pressão para conciliar as demandas da carreira, da vida familiar e pessoal, frequentemente interna ou socialmente imposta, dificultam que encontrem tempo para o autocuidado. O estigma e a discriminação associados à saúde mental feminina também são barreiras para buscar ajuda.


Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as mulheres correm um risco maior de desenvolver transtornos mentais como ansiedade e depressão em comparação aos homens. Elas também são mais suscetíveis a transtornos de estresse, incluindo a síndrome do pânico.


É importante ressaltar a necessidade de cuidado e apoio adequados, considerando desafios como violência, traumas, questões de saúde reprodutiva e perinatal, desigualdade de gênero, discriminação, e pressões sobre autoestima e imagem corporal.


Afinal, por que devemos falar mais sobre a saúde mental das mulheres?


Manter essas conversas abertas e contínuas é fundamental para construir uma sociedade mais saudável e equitativa, onde as necessidades de todas as pessoas são reconhecidas e atendidas.


Além disso, promove um ambiente mais acolhedor e saudável para todas, beneficiando individualmente e a sociedade como um todo. Confira os principais tópicos que resumem a importância desse diálogo:


  • Conscientização: eleva o conhecimento sobre os desafios únicos enfrentados pelas mulheres

  • Prevenção: facilita a identificação e o controle precoce de problemas de saúde mental

  • Apoio: incentiva a procura por ajuda e recursos para lidar com questões psicológicas

  • Empoderamento: fortalece-as para que se sintam mais confiantes ao discutir suas experiências e necessidades

  • Redução do estigma: contribui para a diminuição do estigma social, promovendo uma sociedade mais acolhedora

  • Políticas públicas: influencia o desenvolvimento de políticas públicas focadas na saúde mental das mulheres

  • Igualdade de gênero: apoia a luta contra a desigualdade de gênero, reconhecendo a saúde mental como um direito essencial

  • Saúde da família: impacta positivamente a saúde mental da família e da comunidade, considerando o papel central das mulheres como cuidadoras

Imagem: Internet

Como identificar que não estou bem?


Existem sinais variados que indicam quando alguém não está bem de saúde. Eles podem ser emocionais, comportamentais ou físicos. Alguns indicadores incluem:


  • Mudanças de humor constantes: oscilações frequentes de humor, como irritabilidade, tristeza intensa ou alterações repentinas de emoções.

  • Isolamento social: evitar interações sociais, afastamento de amigos e familiares, ou diminuição do interesse em atividades que antes eram apreciadas

  • Alterações no sono ou apetite: insônia ou excesso de sono, perda ou aumento significativo de apetite, levando ao ganho ou perda de peso não intencionais

  • Fadiga e baixa energia: sentir-se constantemente cansada, sem energia ou motivação para realizar atividades cotidianas

  • Dificuldade de concentração: problemas para se concentrar, tomar decisões ou manter o foco em tarefas simples

  • Pensamentos negativos recorrentes: preocupações constantes, sentimentos de desesperança, pessimismo ou autocrítica intensa

  • Comportamentos de autodestruição: engajar-se em comportamentos prejudiciais à saúde, como abuso de substâncias, condutas de risco ou autopunitivos

  • Sintomas físicos sem causa aparente: dores de cabeça, dores musculares, problemas digestivos ou outros sintomas físicos persistentes sem explicação médica

  • Dificuldade em lidar com o estresse: incapacidade de lidar com situações estressantes com eficácia, experimentando uma sobrecarga emocional constante

  • Pensamentos suicidas ou auto lesivos: expressão de pensamentos sobre morrer, desejos de se machucar ou tentativas de autolesão


É importante observar que esses sinais variam de pessoa para pessoa, e nem todas apresentarão os mesmos sintomas. No entanto, se mostrar sinais persistentes ou preocupantes, é importante procurar ajuda de um psicólogo ou psiquiatra para avaliação e apoio adequado.


Como cuidar da minha saúde mental?


Algumas dicas ajudam a promover uma saúde mental mais equilibrada e a enfrentar os desafios do dia a dia com mais resiliência e bem-estar. Lembre-se de que buscar ajuda profissional é sempre uma opção válida e importante quando necessário. Confira:


  • Pratique autocuidado: reserve um tempo para atividades que tragam prazer e relaxamento, como meditação, ioga, leitura, caminhadas ao ar livre ou qualquer atividade de lazer que você goste

  • Estabeleça limites saudáveis: aprenda a dizer não quando necessário, estabelecendo limites saudáveis em relação ao trabalho, relacionamentos e outras responsabilidades

  • Construa uma rede de apoio: cultive relacionamentos positivos e busque apoio em amigos, familiares ou grupos de apoio, compartilhando suas preocupações e emoções

  • Pratique exercícios físicos: A prática regular de exercícios físicos ajuda a liberar endorfinas, promovendo sensação de bem-estar e aliviando o estresse

  • Tenha uma alimentação saudável: mantenha uma alimentação equilibrada e nutritiva, priorizando alimentos que ajudem a manter a saúde mental e física.

  • Estabeleça rotinas: ter rotinas consistentes ajuda a criar estrutura e estabilidade, promovendo um senso de controle e bem-estar

  • Gerencie o estresse: aprenda técnicas de gerenciamento de estresse, como respiração profunda, mindfulness ou outras práticas de relaxamento

  • Durma adequadamente: priorize uma boa higiene do sono, garantindo um tempo adequado de descanso para permitir a recuperação física e mental

  • Desenvolva autoconhecimento: pratique a autorreflexão, conheça suas próprias necessidades e limites, e esteja atenta aos sinais de alerta para lidar com eles de maneira saudável

  • Busque ajuda profissional: não hesite em procurar ajuda de um profissional de saúde mental se estiver enfrentando dificuldades persistentes ou se sentir que precisa de suporte adicional

  • Faça exames médicos periódicos: mantenha sua saúde física em dia


Lembre-se sua vida importa primeiro a você mesma.


Por: Simony Correia (foto abaixo)

***As opiniões e informações apresentadas pelo colunista não referem, necessariamente, o posicionamento do Portal Futuro Livre e são de responsabilidade de seu autor.



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