Desde que o termo Fake News começou a ser utilizado, tomou as graças do mundo todo, há quem tenha usado o termo em contexto humorístico, ou como argumento para rebater qualquer tipo de coisa que venha sendo falada. Até grandes emissoras de televisão chegaram a ser acusadas de disseminar a famosa Fake News.
Trazendo o mesmo para nosso contesto tupiniquim, deixamos o termo americanizado de lado e passamos a chamar simplesmente de informações falsas. Essas que geraram enorme rebuliço no Brasil, vindo até a virar inquérito e a constituir milícia.
Porém os danos causados pela disseminação dessas informações falsas aqui no Brasil foi infimamente menor do causado no continente africano, afinal de contas não é de hoje que vários países se encontram em conflitos originados por interesses dos mais variados tipos, dentre eles influência política e interesses financeiros.
Recentemente o golpe de Estado ocorrido no dia 26 de julho deste ano no Níger, veio a trazer mais um ingrediente para os diversos conflitos presentes no continente.
Dentro desse contexto, um dos maiores problemas que tem surgido é a disseminação de desinformação que vem ocorrendo de maneira organizada, com forte influencia de países externos, como por exemplo a Rússia. Acredita-se que pelo menos 60% de todas as campanhas de desinformação que assolam países africanos tenham patrocínio Russo, ou de grupos associados ao pais.
O objetivo central das campanhas de desinformação é a de garantir domínio político sobre os países africanos, fazendo com que sua população passe a ficar dividida e a questionar questões democráticas.
Imagem: Portal Futuro Livre
O mais surpreendente de tudo é que as campanhas têm se utilizando de redes sociais populares como a X (Twitter), Facebook, Telegram e o TikTok, para disseminar informações falsas pelos países, sempre com objetivo de distorcer a realidade e rumar para outros objetivos antidemocráticos.
Apesar das diversas tentativas em conter essa ameaça cibernética, se vê uma postura completamente neutra dos responsáveis por essas redes sociais, que permitem o compartilhamento do conteúdo sem qualquer espécie de filtro ou controle.
Mesmo com os esforços da ONU e dos EUA, em tentar conter essa iniciativa Russa, o cenário não tem mudado de figura. Ainda vale lembrar que o Grupo Wagner vem auxiliando a Rússia nessas campanhas de desinformação. De modo com que não é de hoje que esse tipo de campanha vem ocorrendo.
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