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ESG e responsabilidade social é assunto de conversa com Taiana Jung

Sócia fundadora da Logos Consultoria, atuante ibero-americana e professora da pós-graduação Master ESG da ESPM. Este resumo é de nossa entrevistada: Taiana Jung.

Imagem: divulgação


Leia a entrevista na íntegra sobre ESG e responsabilidade social:


Muito se fala em responsabilidade social nas empresas. Afinal de contas, o que é responsabilidade social?


A responsabilidade social é o comprometimento de uma empresa disposta a adotar um comportamento ético e também contribuir para o desenvolvimento econômico. Em consequência, essas ações melhoram a qualidade de vida dos colaboradores e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade.

A incorporação dos conceitos de responsabilidade social à missão da empresa, a divulgação desses conceitos entre os funcionários e prestadores de serviço, o uso de princípios ambientais como a adoção de materiais reciclados e a promoção da diversidade no local de trabalho são alguns exemplos de desenvolvimento de um programa de responsabilidade social empresarial.

As boas condições para a sociedade e para o meio ambiente como um todo refletem em mais e melhores oportunidades de negócio, aumentando a capacidade das empresas de atrair investimentos e parceiros. Uma empresa que estabelece uma postura socialmente responsável promove um espaço muito mais saudável para trocas de experiências em meio aos seus negócios.


ESG e responsabilidade social: sinônimos?


ESG significa Environmental, Social and Governance, traduzido para o português quer dizer: ambiental, social e governança (ASG). ESG é uma estratégia sólida que deve ser planejada e os três fatores devem ser incorporados nas ações da empresa. A responsabilidade social é um dos fatores que compõe o ESG. São dois termos independentes, mas conectados entre si.


Como definir boas práticas socialmente falando?


É possível implementar os fatores ESG em sua empresa, mas nada terá efeito se for incorporado só para constar. Para que aconteça, é necessário transpirar na cultura! Tem que fazer parte das ações mais corriqueiras às mais complexas da empresa.


As práticas de ESG incluem ações relacionadas ao ambiental que abrange a energia que a empresa absorve no dia a dia e os resíduos que descarrega, os recursos de que necessita e as consequências disso para o meio ambiente. Engloba, também, emissões de carbono e mudanças climáticas, entre outros fatores.


O social que compreende temas que versam desde saúde mental dos colaboradores, a diversidade na composição das equipes, inclusão, condições dignas de trabalho ao relacionamento com a comunidade e seu impacto no desenvolvimento econômico e inclusão social. E a governança, que representa o sistema interno de práticas, controles e procedimentos que a empresa adota para sua gestão, tomada de decisões eficazes, cumprimento de leis com integridade e transparência e a forma como conduz o seu propósito, cuida dos valores que são inegociáveis.


Esses três fatores devem acontecer de forma articulada, fazer um e não fazer o outro, não é ESG. Mas vale lembrar, que essa tarefa é complexa, e tudo bem não dar conta de realizar de uma só vez, mas tudo bem também ter o compromisso em curto, médio e longo prazo para fazer essa engrenagem girar e construir uma empresa que respeita as pessoas e o meio ambiente.


Qual a importância do investimento no social em uma empresa, especialmente do setor privado?


De uns anos pra cá houve expressiva mudança no comportamento de consumo, no qual o fator financeiro, para determinadas pessoas, não justifica por si o consumo de uma marca em específico. Diferentes gerações são capazes de alterar a conduta de consumo e/ou relação de trabalho, caso a empresa não esteja alinhada aos princípios ambientais, sociais e de governança.


De acordo com pesquisa da Edelman (2022), os fatores de compra, por exemplo, da geração Z, jovens da faixa de 18 a 26 anos, estão relacionados com convicções, crenças e afinidades. E os temas de maior relevância para eles são: justiça racial, relação com empregados, mudanças climáticas e desigualdade econômica.


Diante desse cenário, é muito importante as empresas avaliarem as suas práticas e se posicionarem junto aos seus públicos de interesse, desde os colaboradores, fornecedores, clientes, concorrentes, comunidades vizinhas, sindicatos, entre outros para que não sofra as consequências de não ser coerente com os interesses, necessidades e compromissos que todos estes públicos esperam delas.





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