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Editorial | A imprensa não pode desrespeitar e, muito menos, ser desrespeitada.



Um dos pilares da democracia é o respeito. Respeito este que deve estar sob os olhares de todos que defendem seus pontos de vista. A divergência de ideais é saudável quando há o respeito entre quem diverge.


O papel da imprensa, contudo, é ameaçado quando não há respeito. O respeito pela imprensa deve começar por ela mesma, pois o ato de fazer jornalismo está entre os pilares de se viver em democracia.


Em 2013, 2017, 2022, entre tantos outros anos, manifestações deixaram de ser pacíficas. Defender um ideal é justo, tão somente, quando há o respeito, respeito este pela Constituição, pelo seu opositor e pelo patrimônio público. O que se vê em atos de terrorismo é a cegueira de quem não admite a derrota, e não admitir a derrota não é papel de um verdadeiro democrata.


Democracia é o poder do povo, mas este poder não pode ser confundido com a libertinagem de acreditar que fazer o que é contra a Lei, é certo. Não há democracia sem regras. Regras que devem ser aplicadas à todos, inclusive aos que praticam jornalismo.


Torna-se terrível a convivência quando não há respeito aos pilares democráticos. Torna-se também, de fato, incoerente apontar erros apenas de um lado da história, quando há várias verdades. Manifestar-se é justo, é democrático, mas terrorismo não pode ser aceito pela sociedade e, muito menos, pelos defensores da liberdade, entre eles os profissionais da imprensa.


É de se repudiar que a imprensa sofra ataques, mas é de se repudiar a parcialidade. Formadores de opinião devem informar, para que outras pessoas formem suas opiniões. Não dá para comparar uma manifestação pacífica com terrorismo, assim como não dá para dizer que esquerda ou direita estão certos, afinal de contas, são pontos de vista. Pontos estes que devem ser respeitados, pois fazem parte de um dos pilares da democracia: a divergência.


Partindo disto, pontos de vista devem estar atrelados aos fatos, fatos que devem ser reportados de maneira correta, com o compromisso de fazer com que a mensagem não chegue em códigos, mas sim decodificada.


O bom jornalismo é formado por posicionamento em momentos certeiros e a democracia é formada por quem entende isto. Uma coisa é debater ideais, defender seu lado, outra coisa é não respeitar o outro por qualquer que seja o motivo. É hora da máxima do passado de que política não se discute ficar para trás, pois a discussão é saudável, quando pautada pela ética e pelo respeito, e neste caso entra o papel da imprensa que é simplesmente reportar com alto nível de respeito por quaisquer que sejam os lados.


No mais, reiteramos que o compromisso do imparcial jornalismo, do posicionamento oportuno, do respeito e da ética continuam a trilhar os caminhos sinceros da verdadeira democracia, que deve contar uma sociedade respeitosa e uma imprensa mais respeitosa ainda.


São Paulo, 25 de janeiro de 2023

Grupo Inovação de Comunicações

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