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E se o tucano virar fenix graças ao Alckmin?

“Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil.”

Essa frase acima é o juramento constitucional que um Presidente da República faz quando toma posse para o cargo. O próximo a dizer isso deve fazer no dia 05 de janeiro de 2027. Ao menos se tudo ocorrer normalmente até lá, já que a política do Brasil é uma caixinha de surpresas.


Essa é a Coluna INTERFERÊNCIA, que apresenta fatos históricos, comparações polêmicas e teorias da conspiração. Vale tudo para este debate.

O texto a seguir é apenas uma simulação, de livre pensamento:


A data da posse sempre foi no primeiro dia do ano seguinte às Eleições, mas o Brasil deixou de ser certinho, e não vai cumprir mais com esse objetivo de fazer as coisas numa caixa rotulada de 'exatos quatro anos'... Quer dizer, ainda serão exatos quatro anos, mas a graça de ser do início de um ano ao final de outro acabou.


Lula entra para a história (de novo), já que deve ser o Presidente que vai ficar no poder entre o primeiro dia do ano de 2023 e o quarto dia do ano de 2027.

Pensando num futuro, quem é que pode ser o seu sucessor? Interferindo no futuro, vamos para a lista de potenciais candidatos à Presidência para 2026:


Fernando Haddad, do PT, será uma escolha dura, difícil, já que internamente o partido pensava num nome feminino ou alguém 'novo', mas com o apelo de Lula. Haddad foi uma decisão técnica, e a aposta é na figura da vice, Janja. A esposa de Lula, principalmente no último ano de mandato do marido, apareceu mais ainda, e se lançou pré-candidata á Presidência. A chapa Haddad-Janja é um spin-off da política.


Haddad perdeu para Jair Bolsonaro, do PL, casado com Michelle Bolsonaro. O ex-Presidente Bolsonaro perdeu para Lula, que sua vez tem Janja como esposa. Michelle Bolsonaro também vem como vice, mas numa chapa com Tarcísio de Freitas, do Republicanos, Governador de São Paulo.

Imagem: Suamy Beydoun/AGIF/Estadão Conteúdo

Tarcísio ganhou de Haddad em 2022, cabe lembrar. Com toda essa conexão, a chapa Tarcísio-Michelle apresenta uma polêmica logo no início. Gilberto Kassab não concorda com o pré-lançamento, então vem a polêmica. Tarcísio toma a decisão de disputar a reeleição ao cargo de Governador, enquanto Michelle tentará o Senado Federal.


Como fica o apoio bolsonarista? Eis que a resposta está em um estado histórico: Minas Gerais. Romeu Zema será candidato à Presidência e terá o apoio de Jair Bolsonaro, no entanto, o Governador de Minas, filiado ao Novo, não contará com o apoio fortemente presencial, será algo 'mais discreto', e terá o forte apelo aos grupos contrários ao Presidente Lula, e por isso, seu vice será Marcel van Hattem, do mesmo partido. Ele é Deputado Federal e adepto às críticas a atual gestão de Governo.


Decididos os prováveis protagonistas, Haddad e Zema, vamos às listas de coadjuvantes. A terceira via, sempre fracassada, virá com grande força em 2026. O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, filiado ao PSDB, terá como vice um nome mais ligado ao centrão, alinhado ao centro-direita, e "disponível". A decisão será por Raquel Lyra, que é Governadora do Pernambuco. Essa dupla vem forte na disputa, e voltaremos com a ela a ter algo que ocorreu em 2010 e 2014, no primeiro turno:


Uma disputa ferrenha de três pessoas. As demais não valem a pena comentar, já que a disputa será só entre eles. Haddad sairá na frente logo nas primeiras pesquisas, e terá o apoio de grande parte da esquerda do Brasil, terá a seu favor bons resultados econômicos, e contra ele fortes críticas a gestão lulista.


Haddad, no entanto, encontrará em sua vice um problema: Janja é de personalidade forte, bem articulada, boa participação política, e ofuscará em alguns momentos o candidato.

Já pensou os dois discordam de algum assunto e deixam o eleitorado confuso? Quem vai se aproveitar disto é Zema, que irá utilizar de todos os recursos possíveis para dizer ser o 'novo', um discurso alinhado ao que foi de Jair Bolsonaro.

Imagem: Alan Santos/PR

O marketing dele será admirável, e causará problemas para Leite, e é por essas razões que Zema estará em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto.


"Eduardo Leite Presidente" é um movimento político iniciado no segundo semestre de 2024, e chegará com forças nas Eleições 2026, mas encontrará dificuldade para sair dos 21% iniciais, e será nas derrapadas de Haddad e Zema que Leite vai, aos poucos virando o jogo.


O Brasil aguarda ansiosamente pelo último debate político, que será numa semana tensa, de acusações de todos os lados, vários gerenciamentos de crises. Um protagonista neste debate irá ser a dor de cabeça de Fernando Haddad, e antes de revelar quem é, vamos às porcentagens da pesquisa de intenção:


Naquele momento, antes do debate, Haddad estará com 36%, Zema estará com 33%, Leite com 24%. Os demais candidatos terão, juntos, 8%. Não sabem ou não respondera chegam aos 3%. O empate técnico entre Haddad e Zema será tema de muitas perguntas para Leite, e ele será o protagonista do debate.


Eduardo Leite irá ganhar o debate, e deixar Fernando Haddad calado algumas vezes, e em uma pergunta importante sobre sua relação com sua vice, Janja, a resposta de Haddad não agradará boa parte do eleitorado dele. Neste momento, Raquel Lyra estará acenando às mulheres, além de ter concluído conversas fortes com lideranças políticas femininas de centro-esquerda.

Imagem: Sergio Lima/Poder 360

O olhar mais sentimental à esquerda fará com que o resultado nas urnas, no domingo de Eleições, seja uma grande surpresa.

No início das apurações, Leite aparece em segundo, e Zema em terceiro. Com pouco mais de 40% das urnas aprovadas, Haddad e Leite estarão tecnicamente empatados, e Zema logo atrás, com uma diferença muito pouca. Será aos 96% das urnas apuradas: Fernando Haddad terá 31,7%, Eduardo Leite terá 31,4%, e Zema terá 31,1%. Será considerada a disputa com maior participação eleitoral. Votos brancos e nulos, além dos votos dos demais candidatos somarão 5,8%.


Está definido o segundo turno: Fernando Haddad e Eduardo Leite. A ala alinhada a Jair Bolsonaro lamenta não ter apostado em Tarcísio desde o início, este no entanto será reeleito em primeiro turno ao cargo de Governador de São Paulo.

O PSDB apostará na tradição, mostrará resultados estaduais, e Eduardo Leite se concentrará em conseguir votos no sudeste. O nordeste, no resultado do primeiro turno, não teve grande apoio ao Haddad, justamente pelo forte trabalho de Raquel Lyra durante todo o primeiro semestre do ano eleitoral em questão.


O sudeste, porém, teve mais apoio ao candidato do Novo. Minas, no entanto, apresentou resultado parecido com o nacional. Um alinhamento entre Eduardo Leite e Tarcísio de Freitas acontecerá. E a foto mais esperada acontecerá: Romeu Zema e Eduardo Leite abraçados. [No momento, só temos fotos deles lado a lado]

Imagem: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Com o apoio de Zema, Eduardo Leite terá uma certa vantagem, mas com a rejeição de Jair Bolsonaro, Haddad seguirá na frente. O resultado, porém, será uma confusão na mente de muita gente.


"Gosto do Eduardo, mas não do Tarcísio, e não quero o Haddad por causa da Janja."

Para amenizar, Janja passará a aparecer mais com seu marido, Lula, e Haddad se concentrará em ganhar os debates e ir bem nas sabatinas. Jair Bolsonaro, então coadjuvante, aparecerá com mais força. Deputados e Senadores eleitos, em sua maioria, declararão apoio a Eduardo Leite.


Para muitos, fica o questionamento que ficou ao longo do primeiro semestre. O PSB, de Geraldo Alckmin, se manteve neutro, e tomará uma decisão técnica. O PSB apoiará Eduardo Leite. Com o apoio do partido do vice de Lula, todos perguntarão: Alckmin, em quem você vai votar?


Geraldo Alckmin convocará a imprensa, e em um tom sereno, agradecerá ao Presidente Lula e dirá ter profundo respeito ao candidato Fernando Haddad, mas que esperava que Lula se candidatasse novamente, o que não ocorreu. No discurso, ele dirá que sente medo de represarias da esquerda se Haddad for eleito, e por querer o bem dele, declara apoio para Eduardo Leite.


Extra, extra: Alckmin apoia Leite, e o resultado antes é:


Fernando Haddad: 37%

Eduardo Leite: 34%

Indecisos: 29%.


Os indecisos começam a ser boa parte, mas chega o dia de um polêmico debate na TV, será bem no dia da declaração de Alckmin, e logo o resultado vira pela primeira vez:


Eduardo Leite: 39%

Fernando Haddad: 27%

Indecisos: 34%.


Chega o dia da última pesquisa, e o resultado mostra que os indecisos estão com uma certa tendência. A previsibilidade do resultado será enorme neste momento da disputa. É irreversível. O gerenciamento de crise de Haddad não será um sucesso.

Imagem: Abdias Pinheiro/SECOM/TSE

A pesquisa eleitoral mostrará Eduardo Leite com 49%, já Haddad terá 21%. A esperança dele está nos 30% que preferiram não comentar.


Com 56,4% dos votos válidos, Eduardo Leite é eleito Presidente do Brasil. Haddad ficará com 19,4%, já os brancos e nulos somarão 24,2%.

Com esse resultado, Eduardo Leite se consagra como a renovação política do PSDB. O símbolo do partido é, historicamente, um tucano. O PSDB já foi um partido grandioso, mas nos últimos anos vem caindo, e com a ascensão de Leite, o tucano enfim vai virar fenix, ressurgir das cinzas. Quis o destino na teoria da conspiração aqui apresentada que fosse com a ajuda de Geraldo Alckmin, mas o que importa é que teoria da conspiração ou não, o PSDB tem a faca e o queijo na mão com Eduardo Leite. É saber aproveitar!


***As opiniões e informações apresentadas pelo colunista não referem, necessariamente, o posicionamento do Portal Futuro Livre e são de responsabilidade de seu autor. Sobre o Colunista: Lucas Rogério é editor-chefe do Portal Futuro Livre, além de vice-presidente do Grupo Inovação de Comunicações. Atua como produtor e apresentador do Podcast Mais Futuro e é criador da tag #EvoluirPraPensar no Instagram. Instagram: @eulucasrogerio





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