O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou em entrevista à NBC News que "provavelmente perdoará" os apoiadores envolvidos no ataque ao Capitólio, ocorrido em 6 de janeiro de 2021, já no primeiro dia de seu mandato. Trump também defendeu a escolha de Pete Hegseth, ex-apresentador da Fox News, para comandar o Departamento de Defesa, apesar das alegações de abuso de álcool e conduta inadequada. “Parece que Pete está indo bem agora”, afirmou.
Trump garantiu que não usará o Departamento de Justiça para perseguir adversários políticos, mas sugeriu que membros do comitê da Câmara que investigou o ataque ao Capitólio "deveriam ir para a cadeia". Ele prometeu aliviar as consequências legais enfrentadas pelos manifestantes que, segundo ele, foram tratados de forma "injusta".
Sobre Hegseth, o republicano minimizou as críticas e destacou o currículo do indicado, mencionando sua formação em Princeton e Harvard e seu entusiasmo pelo Exército. “Acho que as pessoas estão começando a entender isso”, comentou.
Trump reforçou sua intenção de endurecer as políticas migratórias, incluindo a deportação de imigrantes ilegais e seus familiares cidadãos americanos, além de acabar com o direito de cidadania para crianças nascidas nos EUA de pais indocumentados. Apesar disso, mostrou-se disposto a trabalhar com democratas para encontrar uma solução legislativa que beneficie os dreamers – jovens levados aos EUA ainda na infância.
Quando questionado sobre a possível substituição de Jerome Powell na presidência do Federal Reserve, Trump descartou a ideia. “Não vejo isso”, disse, referindo-se ao mandato de Powell, que se estende até maio de 2026. Em seu primeiro mandato, Trump havia indicado Powell ao cargo, mas criticou publicamente sua condução das taxas de juros, chegando a sugerir sua remoção.