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Da Itália ao mundo: Topo Gigio e a esperança num futuro melhor

Hoje em dia, na televisão brasileira, quando se fala em mascote televisivo, lembra-se do Xaropinho (Programa do Ratinho, SBT), Louro José, que faleceu ano passado (Mais Você, Globo), Cobra Judith (Balanço Geral, RecordTV), entre outros, mas foi em meados dos anos 60 que houve uma revolução, que no final resultou em música.


Topo Gigio era um ratinho, personagem icônico, de programa infantil, na Itália. Criado em 1959 por Maria Perego, produtora e redatora de TV. O personagem tinha revistas em quadrinhos e era amável e levava esperança de um mundo melhor para as pessoas.


Em 1963, com uma apresentação no The Ed Sullivan Show, EUA, o rato ganhou fama internacional. No Brasil, chegou em 1969, pela TV Globo, mas teve passagem também pela Bandeirantes.

Ruth Dores Lopes, 58, lembra, com emoção, que saia de casa com os irmãos, correndo, atravessavam o bairro onde moravam na época e se juntavam com as demais crianças, para assistirem ao icônico personagem. "Não tínhamos televisão, éramos muito pobre. Parecia um cinema, todo mundo ia assistir na mesma televisão, uma pequena com um tubo enorme." (Ruth Dores Lopes, em depoimento)





O personagem tornou-se um clássico italiano, lembrado e recordado até hoje. E trouxe, com seus olhos grandes e cheios de amor para dar, a esperança a crianças brasileiras. "A gente dava valor a comida, não tinha muita comida. A minha casa era lotada, era cheia, não tinha comida pra todo mundo. Feijão em casa era novidade, mas tinha muito amor, muita risada." - Contou Ruth sobre as consequências dos ensinamentos do personagem.


Topo Gigio tinha a função de entreter crianças na Itália, que não fazia muitos anos, estava se recuperando da Segunda Guerra Mundial, e olhando de perto a Guerra Fria.


Topo Gigio relançou, no Brasil, a música "Meu Limão, Meu Limoeiro", que também traz esperança num futuro melhor.


A foto que ilustra a reportagem é da Memória Globo.

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