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Marília Siqueira

Aprenda de uma vez por todas os quatro ''porquês''

Na intricada dança das palavras na língua portuguesa, um enigma persiste entre escritores e comunicadores: os quatro "porquês".

Essas pequenas variações, apesar de parecerem triviais, desempenham papéis distintos na comunicação escrita. Veja as diferenças:


1. Porque (Conjuntivo Causal):

"Porque", quando utilizado como conjunção causal, serve como a cola que une causa e efeito em uma frase. Sua função é clara: indicar motivos e razões. Em outras palavras, é o "porque" que justifica a ação. Exemplo: "A manifestação ganhou proporções gigantescas porque as demandas populares eram urgentes."


2. Por que (Separado e com Acento):

A forma "por que", escrita separadamente e com acento, é a escolha adequada para perguntas diretas e indiretas. Substituível por expressões como "pelo qual" ou "pela qual" em algumas situações, essa variante desperta curiosidade e busca por respostas. Exemplo: "Por que tanta controvérsia rodeia essa decisão?"


3. Porquê (Substantivo):

Ao se transformar em substantivo, "porquê" revela-se como a essência do mistério, representando a razão subjacente a uma ação ou situação. Acompanhado de artigo, este "porquê" adiciona profundidade à expressão. Exemplo: "Explorar o porquê das escolhas artísticas do pintor revelou-se uma jornada fascinante."


4. Por quê (Separado, com Acento e no Final da Frase):

Quando o ponto final é substituído por um ponto de interrogação no final da frase, a expressão "por quê" surge para criar um suspense, como se a resposta estivesse envolta em mistério. Exemplo: "Você abandonou o projeto. Por quê?"


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