Essa promete ser uma campanha diferente. Os dois principais candidatos à Presidência: Lula (PT) e Bolsonaro (PL) não tendem a ir para os debates presidenciais, e, consequentemente, as emissoras estão suspendendo/cancelando os mesmos.
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Com isso, no entanto, candidatos que precisavam desse boom televisivo em horário nobre, acabam por ser prejudicados. Um exemplo é Simone Tebet.
A candidata do MDB não marca muitos pontos nas pesquisas, mas sua presença na TV pode facilitar com que aumente seu número de apoiadores, ainda que para a imensa maioria exista uma certa polarização na eleição deste ano.
No âmbito estadual, tudo parece seguir o protocolo: haverá debate televisionado, e como a tendência é que os estaduais ganhem destaque, então pode significar que decisões eleitorais serão fundamentais:
Em São Paulo, por exemplo, o embate Fernando Haddad (PT) e Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) significa que chegará com mais força para a disputa nacional, e assim será nos demais estados.
Seja lá quem sair vencedor dos debates na TV, pode resultar em um eventual apoio para a reeleição de Bolsonaro ou volta de Lula, mas cabe lembrar que eleições são cheias de surpresas.
Em 2016, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, João Doria (PSDB) aparecia com 3% em algumas pesquisas no início da disputa, e depois foi eleito em primeiro turno.
Bolsonaro, em 2018, aparecia em muitas pesquisas em segundo lugar, perdendo para Lula, que depois foi substituído por Haddad. O resultado foi que Bolsonaro chegou ao segundo turno em primeiro lugar, e foi eleito Presidente.