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Foto do escritorAdriano Bernardi

Adriano Bernardi: Apple Intelligence influencia o consumismo

O futuro está entre nós e, com ele, vem a maior atualização do iOS, prevista para o outono de 2025 com o iOS 18.4. Trata-se da Apple Intelligence, uma nova IA integrada ao sistema operacional e à assistente virtual Siri. A Apple quer incorporar o ChatGPT à Siri, melhorando significativamente sua assistente virtual. No papel, tudo isso parece maravilhoso; há quem diga que, desde o iPhone X (2017), os smartphones da empresa norte-americana têm potencial de processamento para rodar qualquer tipo de inteligência artificial, sem muitos desafios.

Porém, como o único interesse da Apple é fazer com que seu consumidor compre um aparelho novo a cada ano, a empresa resolveu disponibilizar a nova funcionalidade apenas a partir do iPhone 15. A justificativa utilizada é que os modelos anteriores não teriam poder de processamento suficiente para utilizar a nova funcionalidade sem falhas.


A parte engraçada dessa história se deve ao fato de que testes de benchmark, feitos através da plataforma AnTuTu, demonstraram que a diferença entre o iPhone 14 e o iPhone 15 é mínima. Sendo assim, é fácil concluir que os dois dispositivos têm capacidade de rodar a nova funcionalidade de maneira tranquila.

Refletindo um pouco mais sobre o assunto, é possível perceber que isso se deve ao fato de o modelo mais recente da Apple não ter chamado tanta atenção dos consumidores, que, em boa parte, não veem mudanças significativas desde o modelo iPhone 11, o que desmotiva a compra de novos aparelhos.


A realidade é que a Apple quer utilizar essa justificativa como subterfúgio para vender mais aparelhos, mas o tiro pode sair pela culatra caso a mudança na Siri não seja significativa ou não seja bem aceita pelo consumidor de modo geral.


Diferentemente do primeiro iPhone lançado em 2007, que fez o mundo todo virar do avesso e saudou a empresa norte-americana como um grande player em inovação, ultimamente a empresa tem se rendido à pouca criatividade nos seus produtos, em conjunto com poucas funcionalidades tecnológicas. Isso mostra, cada vez mais, que a empresa apenas alcança bons lucros por conta de sua legião de consumidores fiéis.


Posso estar enganado, mas, a meu ver, após a morte de Steve Jobs em 2011, a Apple deixou de ser sinônimo de inovação, passando a ser apenas marketing.

***As opiniões e informações apresentadas pelo colunista não referem, necessariamente, o posicionamento do Portal Futuro Livre e são de responsabilidade de seu autor.


Sobre o Colunista:


Adriano Bernardi é um experiente advogado, com especializações em Direito Digital e Direito Empresarial. Ele desempenha um papel significativo como Vice Presidente da Comissão de Direito Digital e Startups da OAB/MS, além de ser um membro ativo na Comissão de Estudos e Acompanhamento da LGPD - OAB/MS. Adriano também é um membro efetivo da prestigiosa Associação Nacional de Advogados em Direito Digital - ANADD. Além disso, ele contribui voluntariamente com a coluna 'Adriano Bernardi' no Portal Futuro Livre.


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