Com uma dívida que chega a marca dos R$ 65 bilhões, no ano de 2016, a Oi entrou em recuperação judicial, mas para entender o porquê é necessário voltar alguns anos:
Em 2012, por exemplo, a empresa fez um piloto de internet por fibra óptica, que não deu certo. Com isso, outras decisões tomadas pela Oi fizeram com que a saúde financeira da mesma fosse prejudicada, nota-se que ela fez negócios com outras empresas com a saúde financeira comprometida. Uma sucessão de erros, até então pequenos, que chegaram no valor bilionário da dívida.
Além disso, a Oi investiu (e muito) em telefonia fixa, mesmo com o costume do brasileiro ser de trocar a forma de comunicação, com uso de dados ao em vez de voz.
Imagem: reprodução/montagem Portal Futuro Livre
A base de clientes da empresa caiu mês a mês, já que cada vez menos telefones fixos existiam no país. Também é bom frisar que a banda larga da empresa era considerada ruim; cabe lembrar que a banda larga era com cobre, fazendo com que o serviço da Oi fosse considerado ultrapassado.
No ano de 2016, em um dos mais complexos casos de recuperação judicial do Brasil, o valor da dívida caiu para R$ 29,9 bilhões, entretando, ainda era alto para a empresa. Com o crescimento das rivais, como Claro, Tim e Vivo; a Oi estaria prestes a falir, mas a ideia da venda de ativos como a operadora móvel fez com que a possibilidade de abrir falência deixasse de existir.
Agora, as três empresas Claro, Tim e Vivo compraram a Oi por R$ 16,5 bilhões. A venda foi por meio de leilão, aprovada pela Anatel, verificada e aprovada pelo Cade; este último por um motivo específico:
Como as três compradoras irão dividir os clientes da Oi, o Cade então queria garantir uma divisão justa. Está estabelecido então que os impressionantes 42 milhões de clientes da Oi serão divididos da seguinte maneira:
Vivo receberá 10,5 milhões;
Claro receberá 11,7 milhões;
Tim receberá 14,5 milhões.
A Claro ficou com 27 DDDs, a Vivo com 11, e a Tim ficou com 29 DDDs. Os consumidores serão avisados com antecedência, já que o prazo é de 18 meses, numa transição que não prejudica os clientes.
A autorização da venda foi concedida pois, em contrato, garante competitividade justa entre as empresas.
Entidades não gostaram da venda da empresa, no entanto. A Telcomp disse que a Oi não dá pressão competitiva, e se posicionou contra o negócio fechado. Os serviços da Oi seguem funcionando normalmente, sem prejudicar os clientes.